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Foto do escritorRosiane Rodrigues

Estudantes recebem orientação sobre violência sexual

Atualizado: 25 de set. de 2019

Alunos do cursinho popular da escola Ruth Rosita, no Guamá, periferia de Belém, participaram de palestra e aprenderam como denunciar situações de agressão e abuso


Crédito: Rosiane Rodrigues

Violência sexual é um assunto que precisa ser discutido, especialmente entre adolescentes e jovens, para que tenham conhecimento e saber denunciar. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2017, o Brasil teve aumento de 83% nos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Foram registrados mais de 180 mil casos de violência, durante o período. Só no Pará, segundo o Pro Paz, mais de 12 mil crianças e adolescentes foram atendidas vítimas de violência sexual, de 2004 a março deste ano.


Para levar a discussão sobre o assunto para a sala de aula, Diego Martins, que é mestre em Segurança Pública, falou aos alunos da Escola Ruth Rosita, no Guamá, sobre o passo a passo para o atendimento dos casos de violência contra crianças e adolescentes em Belém do Pará, mesmo tema da cartilha criada por ele durante o mestrado. 


A palestra ocorreu na tarde de quarta-feira (10), na própria escola. Participaram do encontro estudantes do cursinho pré-vestibular gratuito, projeto criado para preparar os alunos da escola a uma vaga no vestibular deste ano. 


Para Vilcilene Duarte, coordenadora da escola e professora de Sociologia, o evento foi de grande relevância social. Para ela, a comunidade escolar carece de mais informações e orientações sobre o assunto. "Para candidatos do Enem 2019, é de suma importância dominar temas relevantes, como esse, que podem ser bem produtivos na hora de desenvolver uma redação, ou questão. A palestra foi muito significativa, principalmente pela simplicidade do palestrante, e pelos projetos sociais que ele desenvolve. Percebe-se uma preocupação social", afirmou.


Diego Martins elogiou a atenção e a participação dos alunos durante a discussão. "É sempre muito gratificante quando as pessoas participam e interagem. Dá vontade de falar e de contribuir mais, só que tem que respeitar o tempo, porque tinham outros compromissos na escola. A professora (Vilcilene) relatou que é um bairro muito humilde e que há muitos casos de abuso sexual, então achei muito importante explicar melhor a cartilha, divulgar a cartilha para que eles tenham acesso, mostrar como é que ela pode ser usada, como é que funciona. Espero que de alguma forma essa sementinha plantada contribua para reduzir o número de casos desse tipo de violência que acontecem no bairro", ressaltou.


Na cartilha os leitores tem acesso detalhado aos procedimentos que devem ser feitos, aos órgãos que devem procurar e quais etapas são feitas após as denuncias. A cartilha está disponível neste link.

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